Todo computador passa primeiro por uma placa-mãe, o componente mais fundamental e complexo de um PC. É ela que faz com que o hardware funcione e que as outras peças cooperem entre si para que você consiga ligar sua máquina para trabalhar, jogar ou simplesmente ver bobagens na internet.
Na hora de montar um computador, é necessário saber o que se procura de uma placa-mãe, ou o usuário terá uma grande perda de tempo ou de dinheiro. Para evitar dores de cabeça, basta seguir as orientações abaixo:
1. Tamanho
Antes de qualquer coisa, você precisa selecionar um tamanho para a sua placa-mãe, para que ela se encaixe bem no gabinete que você tem disponível. Felizmente, as fabricantes aderem a determinados padrões de tamanho que facilitam bastante a escolha.
Os padrões mais comuns são ATX (30,5 cm x 24,4 cm), Mini ATX (15 cm x 15 cm) e Micro ATX (24,4 cm x 24,4 cm).
2. Qual é o seu processador?
Antes de comprar uma placa-mãe, é necessário já ter em mente qual processador você gostaria de usar. Isso porque existem limitações físicas, os famosos soquetes, que fazem com que determinados chips não possam ser instalados em determinadas placas.
Se você comprar uma placa-mãe que não tem o suporte para o processador que você escolheu, ele não vai funcionar, simplesmente. Por exemplo: um processador Intel Core i7-7700 da sétima geração tem suporte ao soquete LGA1151; sua placa-mãe precisa ser compatível com isso para que ambos funcionem em conjunto.
Algumas placas são feitas exclusivamente para processadores AMD, e outras para processadores Intel. Fique esperto.
3. Atente-se à memória RAM
Novamente, você precisa ter consciência do que quer em termos de memória RAM antes de comprar sua placa-mãe. Se você quer usar memórias DDR4, que são melhores que o padrão DDR3, precisa que a sua placa-mãe seja compatível com a tecnologia.
Também é necessário saber quantos slots para memória tem a placa antes de adquiri-la. Afinal de contas, se você quiser instalar mais pentes para expandir as capacidades do seu computador, pode precisar de mais espaço.
4. Slots para expansão
Se você quer montar um computador mais parrudo, este item é de altíssima importância, já que é o quesito que define o que seu PC será capaz de fazer em termos gráficos. O mais importante é observar quantos slots PCIe x16 estão disponíveis na placa, porque também há as entradas PCIe x1, que são infinitamente mais lentas e praticamente não têm utilidade quando tratamos de GPUs.
Também é preciso verificar se as entradas são compatíveis com o padrão PCIe 3.0, que é o mais recente e poderoso, e quantas entradas existem na placa-mãe. A informação é importante se o usuário quiser usar mais de uma placa gráfica para Crossfire (em placas AMD) ou SLI (em placas Nvidia).
5. Recursos onboard
Boa parte das placas-mãe já vem com vários recursos inclusos sem a necessidade de instalação de componentes adicionais, o que pode ser uma boa para quem procura um computador mais simples. Se for o seu caso, você pode procurar por uma placa que já venha com vídeo integrado e equipamentos de rede e áudio. Placas mais caras podem vir com recursos ainda mais avançados já inclusos.
Vale observar que o problema de depender de recursos onboard é que, geralmente, se uma das partes falhar, a placa-mãe toda pode ter que ser substituída.
6. Armazenamento
Novamente, é importante saber o que você quer em termos de espaço para colocar seus arquivos e em desempenho. A maioria das placas-mãe não economiza na quantidade de portas SATA, então instalar mais de um HD não costuma ser problema. Se você quiser recorrer a um SSD para melhor desempenho, é bom garantir que exista ao menos uma entrada SATA III para conectar o disco.
Além disso, as empresas atualmente começaram a apostar em SSDs M.2, que dispensam a porta SATA e se conectam à entrada PCIe para maximizar as velocidades de leitura e gravação. Se você tiver dinheiro sobrando e vontade para isso, certifique-se que sua placa-mãe tenha ao menos uma porta PCIe sobrando.